quinta-feira, 21 de junho de 2012

A um passo da insanidade

 Ao transformar a solenidade na Câmara de Vereadores que o homenageou com o título de cidadão paulistano em caixa de ressonância de sua insensatez, reafirmando que o mensalão nunca existiu e que tudo foi um ardil patrocinado pela imprensa e pelas zelites, Lula sabia que embarcara numa aventura perigosa e sem volta. Derrotado pelo ego, Lula deixou-se vencer também pela raiva 
Inúmeros tapes e piadas demonstravam o hábito pouco recomendável que mantinha o ex-presidente Lula. O metalúrgico sindical  passou boa parte da vida afogando mágoas e alegrias em copos de bebida alcoólica,  acentuada em baixa qualidade. Talvez não lhe fosse advertido do risco que corria. Alguns escapam da cirrose, mas raros das sequelas que a aguardente intermitente provoca. A malvada deteriora não só o corpo, mas principalmente a mente, enfraquecida até pelos olhos. Que esquizofrenia não advém de um mundo duplo? 
Quando eu desencarnar da presidência, vou resgatar essa questão do mensalão no Brasil com profundidade. Presidente do Brasil, senhor L. da Silva, ao sair do chat que participou em 24/11/2011 junto a Renato Rovai, articulador do encontro, José Augusto Duarte, do blog Os Amigos do Presidente Lula, Rodrigo Vianna, do blog Escrevinhador, entre outros. 
Lula vive dramáticos momentos. Ele conhece todos os meandros do que diz querer resgatar. Pois basta apenas expor a verdade, e aguentar, claro, as consequências. Estas não seriam tão fatais quanto foram suas leviandades.
O antecessor bem lhe ensinara. Lula apenas estradulou. Ao descer a rampa do Planalto, deu de cara com a fatídica doença. Parecia estar lhe aguardando na rua, para lhe pegar sozinho. Ao cabo de seu governo de fugas e mais fugas,  ela  iria comprometer seu maior instrumento, e muito mais do que isso: além de debilitá-lo de ponto a ponto, no leito do quarto escuro, onde se esconde sua consciência,  Aflora uma sensibilidade exacerbada. Qualquer botão de rosa desencadeia uma fantástica alegria; a mínima ofensa é capaz de prostrar como um soco de Mike Tyson. Esta seria preferível: "Tem um sentido grandioso de autoimportância, exagera conquistas e talentos, espera ser reconhecido como superior sem justificativa." Primeiro item da descrição da patologia do narcisismo, no DSM, Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
Nem nos episódicos dias em que esteve detido, ainda no governo militar, ele soube se haver com decência. O estupro, real ou tentado, de um jovem que compartilhava com ele a prisão ─ o notório caso do “menino do MEP” ─ não foi esquecido pelos homens de bem. O sátiro predador de viuvinhas de sindicato não tinha pejo de se lançar contra qualquer pessoa que lhe acicatasse a libido, em crua e extremada falta de limites e de respeito às interdições sociais. É uma psicologia barata, a que povoa o imaginário de Luiz Inácio da Silva.) O vilão e o bastão’
A solidão é a pior companheira. No meio da noite Lula sentiu-se arrastado pelas gélidas e trêmulas mãos da Eternidade. Invoca-se por Deus mas sabe-se que ele é cruel. Por Ele todos devemos morrer. Na dramática ária muitos procedem violenta guinada no curso de suas vidas, readequando suas filosofias ao melhor discernimento espiritual. Por tão fixado no vil metal gentil que se partia, Lula recrudesceu na ilusão. Lula dissera que não se mataria, como Getúlio Vargas, e nem fugiria, como Jango.  Ora novamente viu-se imortal, de instrumento recondicionado.
O Mensalão não foi forte para lhe adquirir um aposento na ONU, mas o salvado convalescente agora podia voltar a pensar na maravilha da vida. Recebera milhares de manifestações nacionais e internacionais (exceto a Chàvez, Cristina e Castro, e mais um iraniano,  a  ninguém mais respondeu.) Todos compreendeendem. Ele era o chefe de 200 milhões de alegres pessoas instaladas no país continental. 
Junto com a perda das forças corporais, Lula ficou desprovido da formidável mordomia que fazia jus. Não há mais AeroLula. A paradisíaca base de férias tem outro inquilino. A guarda nacional bate continência à Brasília. Lula não tinha mais nada disso. A coisa é muito séria. Nada mais lhe pertencia. As obras da Copa patinam na lama. A popularidade mundial de Guinness já era. Na sensação de abandono não há mais conforto nem mais na 51. Somente lhe sobrava este contingente doméstico, que com tanta generosidade feita com chapéu alheio mantinha ao seu redor. 
O Brasil tomava ciência que iria se iniciava mais um lamentável epílogo. Nem todos se suicidam, porque assassinados; e nem todos fogem, porque significaria suicídio.  Porém, a  História Geral também dá conta de notáveis governantes que enlouqueceram, simplesmente, 
Lula não hesitou se mostrar na frente das câmeras negociante dono do mais vil escrúpulo, comprando minutos e dando sua história, sua imagem, e o povo que por tanto tampo representa em pagamento ao maior vigarista que já apareceu no Brasil, querido pela Interpol. A insanidade se mostra agravada porque empenhada em migalha, mísera eleição de prefeitura. O que faz uma prefeitura?  Administra a cidade. Lula não mora na cidade. Lula está fora da realidade. Lula se dispôs a prestigiar o programa mais idiota da televisão, em cadeia de rede nacional, a se explicar sobre sei-lá o quê, nem para quem.
Tal qual predisse Adam Smith, um daqueles tradicionais olhos azuis hostilizados pelo apedeuta, a carência de altivez foi o que menos menos lhe preocupou. Para alcançar o invejado status que supos de qualquer modo glorioso, não titubeiou em abandonar a trilha da virtude, se é que por algum momento nela colocou suas patas. O covarde age à traição. Vale-se de ordinárias fraudes, vulgares falsidades. Mistura-se na multidão de corregilionários para perpetrar sua má intenção. Vale qualquer recurso para superar ou liquidar o virtual opositor. Enganou-se redondamente em buscar dessa forma o esplendor. Somente colhe o fracasso, ao invés do êxito que desesperadamente almeja.  A honra de sua elevada posição aparece tanto a seus próprios olhos quanto aos demais, corrompida e maculada pela baixeza dos meios pelos quais ascendeu e manteve sua cidadela. . Devo ter cuidado com quem não gosta de mim, afirma Lula  Como rato, procura alguma sombra para esconder sua pouca vergonha, mas lembra-se do que fez, e essa lembrança lhe diz que outros também lembram. Sequer seu bunker informativo pode mais suportá-lo. Aliança com Maluf é 'preço alto', diz Erundina
Afastado o suicídio, a fuga, e mesmo a remota ordem de prisão, resta-lhe  um internato hospitalar.

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