domingo, 2 de março de 2008

Avião explode no Rio


-
O moderno Cirrus SR22




-

O MONOMOTOR vitimou seus quatro ocupantes. O equipamento tinha registro em Santa Catarina, e pertencia a um empresário da construção civil, senhor Joci Martins, presidente da Cota Empreendimentos Imobiliários e vice-presidente do Sindicato da Construção Civil de Florianópolis.
No acidente ainda faleceram o piloto Frederico Carlos Xavier de Tolla, o empresário Gilmar Detoni, um dos sócios de rede de concessionárias de automóveis em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, e Sílvio Pedro Vanzela, fazendeiro do Mato Grosso do Sul.
A viagem iniciou em Vassouras, escala no Rio, e o destino seria Florianópolis. O aparelho decolou do aeroporto carioca ao meio-dia, e danou-se logo em seguida. O piloto teve consciência da pane, (vazamento de óleo e/ou combustível), e tentou o retorno; o defeito, contudo, era fatal. A aeronave se precipitou por sobre um prédio, onde explodiu. Os destroços e os corpos carbonizados caíram no páteo de uma concessionária de automóveis, na Avenida das Américas, na Zona Sul.

Em seus cruzeiros pelo EspaçoTempo, a Nav's ALL vem observando constantes desvirtuamentos. Estranho este acidente. O Comandante Tolla possuia experiência internacional. Pilotara grandes jatos, entre os quais o MD11*. O Cirrus SR22 havia sido adquirido há apenas um mês. Era novo, 0k. A fabricação americana (Wisconsin) possui avançada aerodinâmica, e alta tecnologia. Pela reduzida envergadura, no país de origem tem o preço estimado em apenas 500 mil dólares. Mais de 1500 unidades foram comercializadas, desde 1994. Mercê de seu vitorioso projeto, em 1998 o Cirrus SR 20 recebeu a distinção do FAA Type Certification.
-
Os TriPulantes sabem que qualquer aeronave é envolvida por cuidados até exagerados. Vazamentos, per se, não acontecem mais, nem em automóveis. Há quem suspeite de combustível errado. Admitindo qualquer dessas hipóteses, entretanto, mister lembrar que o avião saiu de um hangar de Jacarépagua, Rio de Janeiro, , não da floresta. Na melhor das hipóteses, houve uma falha imperdoável no reabastecimento, mas para tanto, ela teria que se estender ao piloto, por não acompanhar o feito. Esta cogitação,  contudo, parece-me  improvável, justamente pelo grau de profissionalismo e larga experiência do comandante. Da torre de controle saiu rumores de que logo ao decolar havia fumaça saindo do avião, o que determinou uma tentativa, não concretizada, de avisar o piloto.  Uma eventual sabotagem logo me vem à mente .Espera-se uma rigorosa investigação.

Laudo: uso de querosene derrubou avião no Rio

 _______________________


“Começaria tudo de novo”

Aos 64 anos, 30 dedicados à aviação comercial, o piloto aposentado Frederico Carlos Xavier de Tolla diz que nunca pensou em exercer outra profissão. Na infância, os aviões de brinquedo despertaram a atenção do menino que vivia no Rio Grande do Sul. Após concluir a formação necessária, foi morar no Rio de Janeiro.
Foi piloto da Vasp e da Varig, onde chegou ao posto de comandante. Viajava também em linhas internacionais. "Começaria tudo de novo, se fosse possível", diz. Hoje ele mora em Florianópolis, onde mantém um monomotor para passeios de lazer. Uma das aventuras recentes foi uma viagem entre Florianópolis e Fernando de Noronha, no ano passado. Foram 42 horas de vôo pelo litoral brasileiro.
Xavier diz que confia na segurança do transporte aéreo. Nos 30 anos de aviação, o maior imprevisto foi num vôo entre Belo Horizonte e Salvador. A aeronave da qual era o primeiro oficial saiu da pista e o trem de pouso quebrou. Apesar do susto, ninguém se feriu. E ele nem pensou em abandonar a profissão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário