segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Vem, 008

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O Champagne abre-se à noite.
Por enquanto, destampe o Gênio.
Que todos seus desejos se realizem!
Boa Sorte, 2008!

domingo, 30 de dezembro de 2007

Luta Amada


Amiga, muito bom dia.
Grato a teu interesse, curiosidade,
que te coloca na espia
por amor, quiçá piedade.

Amigo, muito bom dia.
Orgulha-me tua amizade.
Em tão boa companhia,
sequer preciso de padre.

Coração, muito bom dia.
Levanta-te, camarada!
Já raiou o novo dia,
recomeça a luta amada.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Sã Santiago


Uma metrópole organizada, com fama de ser uma das melhores capitais da América do Sul para se viver. Concordo ´plenamente. Quer mais? Vinhedos e pistas de esquis para conhecer e desfrutar. Esta visão conhecida da capital do Chile faz sentido. Bem planejada urbanisticamente e localizada aos pés dos Andes, Santiago mostra que nem toda metrópole está fadada a ser sinônimo de má qualidade de vida.







Resort San Afonso Del Mar
100 km de Santiago.
Sua piscina, a maior do mundo,
tem mais de 1 km de extensão.
Espelha a pujança chilena.

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MODERNAS EDIFICAÇÕES, ruas limpas,  e a  estupenda cordilheira para emoldurá-la compõem o quadro da impressionante capital. Na cobertura do impecável serviço de metrô, entre inúmeros parques e jardins, circulam os jovens universitários. A brisa do oeste faz uma escala de passagem na prazerosa Viña del Mar antes de bater nos hígidos rostos da capital. Ela porta as boas novas do Pacífico, mensagens de Rapa-Nui, da Ilha da Páscoa.

Além de oferecer o melhor gabarito, a acolhedora cidade recebe seus visitantes na maior fidalguia. A Economia chilena viaja em Vôo-de-ALLmirante. Bares, artes e restaurantes se proliferam.
Esquiadores despencam vislumbrando o magestoso vale, terreno fértil de abundantes safras e divinos vinhos. O suave aroma permeia a mais pura atmosfera. A extensa faixa se estende pelo paradigma liberal.
Voe by Nav's ALL. Tem mais a ver.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Quarentinha desce na SiderALL Base


Boa noite pessoal,
Salve o ancião Quarentinha, inesquecível Agente 968! Fez boa viagem? E as Harley?
As motos vieram no compartimento de carga da P40.
Mas a que devemos a honra da auspiciosa visita do velho agente?
Desde que fui, jamais voltei. Esta viagem ganhei de aniversário. Faz exatos 40 anos que parti. Na naquela época se exigia que a imaginação chegasse ao poder. Ora, nuvens de fumaça alarmam nosso povo. Sabemos que políticos muito imaginativos tomam conta do Brasil, e se mantém. Vim sondar. Dar uma espiada no salão, ver qual a tonalidade da cor impingiram.
Seja bemvindo, Óh grande mestre de todos os mestres.
Nada disso. No reino da imaginação não há competição. Mas agradeço a honrosa recepção. Será um bom momento para cotejarmos as idéias libertárias que meu mundo respira. Elas vararam o muro, mas não o Atlântico. Minha gente de cara-pintada não se conforma. Vim como embaixador, algodão entre cristais, ou melhor, entre os cacos.
É nosso interesse prestar todas as informações. Não queremos guerras tribais, ainda mais nas estrelas. No war.
"No war." Make Love, Not war. Remember? Os que passaram a juventude no meu reduto, pelos cálculos ainda estão vivos, ou não? Pelo menos alguns, já vi.
Sim, Agente 968. Mas a maioria, infelizmente, anda como locomotiva.
Mas ainda tem isso por aí?
Estão muito aperfeiçoadas. O homem deveria poder, de vez em quando, olhar para trás, dar um passeio nos vagões, quem sabe. Mas nada. Ninguém se lembra da juventude. Esqueceram tudo. O que às vezes ouvia era Pra Não Dizer que Não Falei das Cores. Nunca mais apareceu. Pensei que tivesse ficado em algum ano anterior. Era um bom rapaz, dedicado.
Estou tão chocado quanto batida de trem, de frente.
Mas com o quê, seu retardado?
Ora, retardados são voces. Por acaso estou até adiantado: só quarenta anos! E vocês aí ainda na minha estação? Gostaram mesmo. Vem me falar no Dedé. Pobre das cores, caminhando há décadas, e nada!
Não estamos assim, tão mal. Está certo que se trata de exceção, quiçá a única no mundo, mas um operário que nem era tão padrão assim pode, no meio da vida, abandonar o chão-de-fábrica e sair voando! Não vivemos 20 anos de exceção? Agora é só um momento, mas que serve de exemplo ao mundo.
Mas que exemplo! É exemplar. De Zoo. Não pode ser. É marmelada pra TV. Não acredito!! Jô, me tira o tubo.
Ora, Bush tem o Number 1; Menem comprou o Tango1. O ALLmirante tem a Nav's ALL; 008, a F1. Até você, prateleira debilitada, tem sua nave, a P40. Porque operário que pouco foi não pode ter suas asas de metal? Estamos numa democracia ou o quê? Que discriminação é essa?
Isso é combinação por baixo dos panos. Matogrosso descreveu. Chico já tinha avisado.
Mas até nem tem tanta diferença com antecessor...
Quack! Supus, mas não acreditei. Os indícios eram evidentes. Andavam de mãos dadas. Sim, os vi de mãos dadas, e na frente de todo mundo!
Não exagera.
Já esqueceu, como toda locomotiva. Depois fala dos conterrâneos. Refresco-lhe a memória. Como se cantava o Hino Amoral naqueles palanques dos artistas das Diz retas já?
Tatá foi cantar em Porto Gal. Tancêdo, deram-lhe um jeito. Só restou ao povo apagar da memória a curta esperança.
Está custando caro a aventura. Deram mesmo pra trás. São mais burros que o eleitorado de 930. Mas o que deu em vocês para aceitarem tudo? O que fazem? Onde se metem?
_________
Bem amigo, está na hora de dormir. Amanhã continuaremos com a total cobertura sobre a visita do renomado agente 968, em carne e osso, aqui na Siderall Base. Nosso anfitrião aproveitará para relatar como se desencadeou a superversão, já que não gostam de falar em subversão. 968 saberá onde nos metemos.
Não perca.
Uma boa noite, e um alegre despertar.
A Produção.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Thank You For Hearing Me


By Faye Wong
Thank you for hearing me.
Thank you for loving me.
Thank you for seeing me.
And for not leaving me.
Thank you for staying with me.
Thanks for not hurting me.
Thank You for helping me.
Thank you for breaking my heart.
Thank you for tearing me apart.
Now I've strong, strong heart.
Thank you for breaking my heart.
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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Psiu.



Ei, você, me dê a mão,
Vamos tomar aquela chuva na cara.
Ou se quiser já vamos logo pra farra,
mas deixa o chá aí dentro do salão.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Magician


BEYOND THE VETERINARY MEDICINE, Quantum Science perceives the influence of the observer in the object to which if it dedicates. It's the famous test of the black-box, with the cat-black there inside, Schrödinger demonstrated: the pussy can be alive and dead at the same time! It depends on who will be to watch it.
The Universe is product of the information.
Gravitational effect are only its children, in good pregnancy.
Who unchains the net? Who selects the notice? It has election? Or the Universe does not have conscience, prerogative of the agent greater? If it will not have, because it is become enlarged, without knowing for where goes?
Chopra is forceful: The attention energizes; the intention modifies.
The attention if dislocates fast more of the one than the light *, if you want.
You can change the game. We have renewed possibility at every moment.
Magician
Because of the eternity, the Universe no knows last. For it, everything is present. For the proper one, we attend its birth. Already of age, we see it in expansion. but, funny, it does not have arrow of the time. It becomes enlarged itself all, at the same time, as a balloon.
The past folloies to it, done railing of stairs-rolling? Well, it can was good. If some part is defective, remodels. It changes it, since it reaches to it.
In the present, the exchange is natural. It doesn't have way. The way if makes when walking. For here, the first step. When the snack, ticket to freeway.
The present one changes the future.
For we it can be easy, but it has that it affirms well: the destination is traced. It swims has to move!
For where, nobody knows. To nobody it is given to know. We walk as good-looking-blind person in the way of millions of blind people. Of that carpet-flyer if Alvorada has soil-of-plant?
The future, however, is simplest to scratch out. It's a blank page, waiting the sin. It's considered attemped. It places the letter, in the whim. If to splodge, doesn't consider.
The Universe thanks your participation. I, mainly.
________________
* Nav's ALL breaks a law of Einstein.
Post: 15 of December of 2007.

Mágica

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No espaço aparentemente vazio há um nexo, uma vida eterna, que une tudo quanto existe no Universo - tanto animado quanto inanimado - uma onda de vida que flui através de tudo o que existe.
Paramahansa Yogananda, Onde Existe Luz.
ALÉM DA VETERINÁRIA, a Ciência Quântica percebe a influência do observador no objeto ao qual se dedica. No famoso teste da caixa-preta, com o gato-preto lá dentro, o pioneiro Schrödinger demonstrou: o bichano pode estar vivo e morto ao mesmo tempo! Depende de quem for espiá-lo.
O Universo é produto da informação. Efeitos gravitacionais são filhos, em boa gravidez.
Quem desencadeia a rede? Quem seleciona as notícias? Há seleção? Ou o Universo não tem consciência, prerrogativa do maior agente? Se não tiver, porque se expande, sem saber para onde vai?
Chopra é contundente: atenção energiza; a intenção modifica.
A atenção se desloca mais rápida do que a luz*, se quiser.
Você pode mudar o jogo. Temos chance renovada a cada instante.
-
Mágica
Há uma área, no entanto na qual a mecânica quântica e a relatividade patinam: a segunda lei da termodinâmica, a entropia. O aumento da entropia não pode ser deduzido pela mecânica estatística clássica, nem pela mecânica estatística quântica, diz Schenberg, para quem "há, aí, alguma coisa de fundamental que ainda não compreendemos". Mas veja que Schenberg fala em estatística, não em filosofia desta ciência. Entropia se vê ao misturar areia preta com branca, por exemplo. Sem saberem, os grãos se acomodam de modo parelho. Quanto mais se mexe, mais misturado fica. E o retorno à situaçao primeira nos é vetado. Ainda assim, arrisco a examinar a entropia com lentes quânticas.
Mas as teorias avançam. Em que pese o movimento, engraçado, o Universo nao conhece passado. É dificil de mentalizar, mas nele tudo é presente. Pelo próprio, podemos ainda assistir seu nascimento. Já de idade, o vemos em expansão, mas não há flecha do tempo. Ele se expande todo, ao mesmo tempo, como um balão, ou gota, no lago sereno.
O passado é um corrimão de escada-rolante que acompanha a gente. Pode servir. Se alguma parte é defeituosa, reforme. Municie com melhor aparelhagem. Mude-o, já que lhe alcança.
Do presente o câmbio é natural. Não há caminho. O caminho se faz ao caminhar. Por aqui, o primeiro passo. Ao saborear o lanche, ticket à freeway.
O presente muda o futuro. Para nós pode ser fácil, mas há quem bem afirme: o destino está traçado. Nada há de mudar! Para onde, ninguém sabe. A ninguém é dado saber.
Andamos como gata-cega no meio de milhões de cegos. De que adianta tapete-voador se Alvorada é chão-de-fábrica?
O futuro, contudo, é o mais simples de riscar. É uma página em branco, esperando o pecado. Considere-se tentado. Coloque a letra, no capricho. Se borrar, não considere. O Universo agradece sua participação. Estou nele.
________________
* Nav's ALL quebra uma lei de Einstein.
Post : 15 de dezembro de 2007.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

008 com biscoito

Check out the eCard I just sent to you!
Open eCard



Abra o cartão acima,
Enquanto cato minha rima.
...

007, nao mais te mete!
Dizem-no cabalístico.
Não se vê mais a chacrete,
que dirá um nú artístico.
Do oitavo ouço violão,

uma oitava de coração.

En Passant da solidão,
para quem se ache talvez místico:
quem cultiva o seu chão,
o corpo, e a própria mão,
ao se ver em nú artístico,
escorrega no sabão.

O oito é pragmático,
mas V8, de lunático.
Melhor é ir além:
da Lua muito mais tem.


Em 8 luas de luar,
chegam as notícias de lá.
Para pegar teu o bastão,
basta estender tua mão.

Receba teu nú artístico,
bota no peito tal dístico:
Proibido tocar no avião.

Curioso o 68, daquele século XVIII,
ano da Revolução Gloriosa:
O Rei abdicou e saiu,

Ditadura não mais se viu.
No século passado,

no mesmo número, na mão uma rosa,
houve reviravolta,
eu a via Gloriosa
Outra Gloriosa Revolução.
De novo cruzava o Mancha,
Um farol à escuridão.


Em volta do Quartier Latin
o muro convidava à imaginação.
A gente não esmorece,

não esquece o quarteirão.
Muita gente inda padece,

sobre o manto de veludo,
azul, que ainda se tece.

O sabre liquidou com a dança.
O sangue esparramou por tudo,
O idiota satisfez a pança,
e tornou nosso espírito mudo.
Isso ninguém merece.

Um oito desenhou a pista.
No Autorama, café pequeno.
Mesmo distante, sereno,
o veneno tonteia o artista.

Oito é uma boa nota,
Sem comprometimento.
Eu aqui com a lorota,
mas já no arrependimento.


Se vivo, laço no 8. Do 008.
Viva 2008!
A cada qual, seu biscoito.

Uns Desequilibrados

-
Feliz aquele que ainda esperança pode ter, desse mar de equívocos emergir! O que não se sabe, é o que mais se precisou saber, E do que se sabe, não se pode mais servir.
Fausto, à Wagner, por Goethe.
BEBÊ CUSTA se impor à gravidade. Quando solto, anda de arrasto. Acaba pegando o macete. Move as pernas de acordo com o sentido. Vê-se rei-da-cocada, mas observa o equilíbrio. Depois dos primeiros passos, para vida toda dele necessitará: correntes, cabos e fios estendidos são condutores costumeiros; não raros, traiçoeiros. Poderá percorrê-los, saltar as cordas, ou simplesmente estancar, tornar ao que lhe convém.
Muitos psiquiatras mantém Aristóteles e Platão no arrimo. Além do Princípio do Prazer demonstra a existência de dois intintos opostos: um, de preservação, ligado ao prazer (Eros) e outro de destruição, de ausência de energia, de morte (Tanatos).
A arataca evoluiu. A passarela do novo século se ilumina com o laser: TranstornoBipolar!
Sempre jogada num labirinto previamente desenhado, a dialética padece de imaginação. A abordagem cartesiana corrompe o objeto que lhe atrai

A esquizofrênica cultura ocidental procura pelo seu centro, por algum ponto de equilíbrio entre a vida interior e a vida exterior. O mundo interior de toda a época busca uma compreensão para algumas falhas de consciência, uma restauração do equilíbrio rompido pela unilateralidade, uma reconciliação de opostos gritantes. Pois justamente, a finalidade do médico, termo aparentado à média, ou medium, provém do telos aristotélico - a faina de recolocar o equilíbrio no paciente. No meio repousa a sabedoria. A mediocridade também.
O famoso discípulo Carl Gustav Jung se rebelou:
"Caro professor Freud... Eu mostraria, contudo, que a sua técnica de tratar os discípulos como pacientes é uma asneira. Desse modo o senhor produz ou filhos servis ou fedelhos impudentes. Sou objetivo o bastante para perceber o seu pequeno ardil. O senhor anda por aí farejando todas as ações sintomáticas que ocorrem em sua vizinhança, reduzindo, assim, cada uma ao nível de filhos e filhas, que admitem, envergonhados, a existência de seus erros. Enquanto isso, o senhor permanece no alto, como o pai, em situação privilegiada. Por puro servilismo, ninguém se atreve a puxar o profeta pela barba e a perguntar de uma vez o que o senhor diria a um paciente com tendência a analisar o analista em lugar de si mesmo. Certamente o senhor perguntar-lhe-ia: quem tem a neurose?... Se o senhor se livrasse completamente de seus complexos e parasse de bancar o pai para seus filhos, e, ao invés de visar continuamente os pontos fracos destes, examinasse bem a si próprio, para variar, eu então me corrigiria e erradicaria de um só golpe o vício de hesitar em relação ao senhor..."* * *
A Justiça tem na balança seu símbolo. Partes, fatos e provas nela são pesadas; as sentenças, se presumem ajustadas. Lêdo engano. É inviável bem aquilatar tantos motivos. São incontáveis, de intensidade variável, e provindos de inúmeros sítios. Como pesar os vetores que incidem sobre qualquer ação ou omissão sem cometer arbitrariedades?

"Outras alterações, no plano jurídico, passam a subverter os próprios conceitos de eficácia da norma, da hierarquia entre elas e da sua territorialidade: uma simples regra de caráter secundário numa grande bolsa de Chicago ou Londres pode, não só refletir diretamente - causar efeitos, portanto ter eficácia - na situação de equilíbrio macroeconômico de um país inteiro, como ensejar modificações legais e valorizar ou desvalorizar ativos de todo um ramo industrial." (Tarso Genro, Direito e Globalização. - Jornal do Comércio. - Porto Alegre, 12/12/1996, p. 26.5)
A meta tem escassa serventia, em todos os campos:
"Nichos são continuamente criados por novos mercados, novas tecnologias, novos comportamentos e novas instituições. O próprio ato de se preencher um nicho já cria novos nichos. O resultado é um sistema onde sempre aparecem novidades. Inovações são desenvolvidas, levando a produtos mais avançados que, por sua vez, demandam mais inovações. Como novos nichos e novas possibilidades estão sempre sendo criados, a economia opera fora de uma situação de equilíbrio global, ou seja, sempre há espaço para melhora."
(John Holland, cit. Gleiser, 202/3)`l
O Princípio da Indeterminação, peculiaridade atômica anunciada pelo pioneiro Werner Heisenberg
(1901-1976) adverte: é impossível conhecer o ponto ou momento de órbita do elétron.
Felizmente ou não, a natureza não se equilibra à consciência. Fosse coisa de Deus, como interpretavam os que se achavam no centro do Universo, a Terra poderia ser mesmo plana, chata, um espeto de picanha, quem sabe. Poder-se-ia calcular a temperatura com antecedência. Todavia, o futuro é tecido e presente a todo instante, em cada átomo da natureza, e tecido paulatinamente por cada um de nós. A incerteza nos persegue. Se navegar é preciso, viver não é. Nem satélites, estações orbitais, muito menos a Nav's ALL podem definir quantos pingos molharão os jardins. Só com torneira, e de conta-gotas. Qual a graça?* * *
Descartes, Maquiavel, Hobbes, Newton, Hegel, Platão, Rousseau, Comte e Marx lograram o equilíbrio: abordaram a ciência por ângulos de aproximação e desenvolvimento invertidos. Quanto mais acreditavam em suas verdades, mais longe delas ficaram.
Freud foi apenas mais um sisudo, dotado com sinto-de-insegurança. Sinto, mas ele nada explica. Ruma à Marte por não amar-te. Acompanha-lhe milhares que ainda embarcam, por ingenuidade, imitação, interesse, justificativa, sei lá por que tipo de necessidade, desespero ou comodidade, na nave onírica dessa perfídia sideral.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Engenharia de Papel

JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946), nasceu mesmo no ano de Mussolini, Getúlio Vargas, e da morte de Karl Marx.
O astro vinha da mais famosa Universidade mundo - a platônica “Cambridge-geradora-de-Newton”. O cartaz dava conta do calibre:  o Newton da Economia. (E. Gri, cit. De Masi, 2000: 143) No College, porém, Keynes  tinha fama de "hermafrodita mental" (3) Para Oskar Morgenstern (Strathern: 242), o predileto não passava de um “charlatão científico”.  Assim desdenhado, o engenheiro de papel  (2) resolveu abandonar o país. "Não me oferecem comida nem bebida – nem consolo intelectual nem espiritual... [o conservadorismo] não leva a lugar." (KEYNES, John Maynard, cit. SKIDELSKI: 60)
Tendo a Rússia já capitulado, o monstro vermelho "ameaçava"  seu ingresso pelo Alaska, O astuto calculista estimulou a depressão para  tornar imprescindível seu antídoto capitalista às reivindicações marxistas.
Estamos hoje no meio da maior catástrofe econômica – a maior catástrofe devida quase inteiramente a causas econômicas – do mundo moderno.Sustenta-se em Moscou a idéia de que é a crise final, culminante no capitalismo e que nossa ordem existente da sociedade não sobreviverá a ela. Keynes, cit. Strathern: 224
O gay de Bloomsbury expressava uma premonição, ou teria ele contribuído diretamente para o desastre, a fim de saquear a carga? Peringer entende pela primeira:
Keynes teve, porém, a inteligência de, primeiramente, ter apresentado uma análise alternativa para explicar os fenômenos depressivos de sua época que pareciam encontrar suporte nas evidências dos fatos, provocado pela Grande Depressão, e, em segundo lugar, inserir o seu pensamento dentro de um arcabouço teórico bem fundamentado. Ademais, mesmo apresentando uma teoria muito bem estruturada para sua época, nunca colocou qualquer dúvida na validade da equação quantitativa da moeda, apresentando, apenas, novas funções a algumas de suas variáveis.
Especulamos pela segunda:"Keynes, longe de ser o salvador do capitalismo, almejava substituir a livre iniciativa por uma economia controlada pelo estado - sendo que o estado seria gerido por "especialistas" como ele." (LEWIS, Hunter, cit. )
Antes de Keynes os governos liberais temiam, com razão, perturbar os equilíbrios econômicos se manipulassem a moeda, o orçamento, o imposto, as taxas de juros. A partir de então, tendo justificativas para atuar nesta direção, a estatização se torna 'científica', 'intelectualmente respeitada'.  Sorman: 54/55
Os corretores haviam acumulado U$906 milhões em lucros, 'apesar da depressão' isto é, nos anos entre 1928 e 1933. Como o Times astutamente noticiou, o governo havia sido beneficiário de alguns desses lucros... Whitney havia se apropriado do dinheiro da Bolsa, quando era seu presidente, e dos clientes também, inclusive órfãos e viúvas.. A Comissão de Títulos e Câmbios instalada foi entregue a Joseph Kennedy, um doador da campanha de Roosevelt, e dessa forma obteve o posto.  PARKER, S., O crash de 1929: 382/5
"A despeito de três grandes reveses - em 1920, 1928 e 1937-8 - Keynes aumentou seu ativo líquido de 16.315 libras em 1919 para 411.238 - equivalentes a 10 milhões de libras em valores atuais - quando morreu." (Skidelski: 35) O causador como salvador
Havia muito mais em jogo, pois, além da bu(r)a ideológica:
Os grandes banqueiros e industriais emergiram nessa época. Firmas de Wall Street - como Belmont, Lazard e Morgan - com apenas 15 anos de existência ocupavam lugar de destaque na economia. Os tempos modernos da legislação para as práticas de comércio começaram em 1934. Gleiser, I.: 211
Os problemas da economia foram assim agravados; mas os dele, solucionados:
Keynes compreendeu desde cedo que a esperteza empregada com astúcia era o meio de vencer ao tratar com os adultos. A esperteza era a alternativa à submissão ou à rebeldia; pela esperteza podia-se manipular vantajosamente qualquer situação. Skidelski: 27)
Einstein (1981: 97) condenou explicitamente a engenharia keynesiana:
É necessário impedir as flutuações do valor do dinheiro e, para isto, substituir o padrão-ouro por uma equivalência com base em quantidades determinadas de mercadorias, calcadas sobre as necessidades vitais, como, se não me engano, Keynes já propôs há muito tempo. Pelo emprego deste sistema, poder-se-ia conceder uma certa taxa de inflação ao valor do dinheiro, contanto que se considere o Estado capaz de dar um emprego inteligente àquilo que, para ele, representa um verdadeiro presente. As fraquezas de seu projeto se manifestam, em meu entender, na falta de importância concedida aos motivos psicológicos. O capitalismo suscitou os progressos da produção, mas também os do conhecimento, e não por acaso. Sem dúvida sou pessimista demais a respeito das empresas do Estado ou comunidades semelhantes, mas de modo algum creio nelas.
Keynes (cit. Bodanis: 228), sem argumento, preferiu taxar o Grande Relativo de "garoto judeu malcriado, sujo de tinta”.
Essa perda da compreensão dos fatores que determinam tanto o valor do dinheiro como os efeitos dos eventos monetários sobre o valor de bens específicos é um dos principais danos que a avalanche keynesiana causou ao entendimento do processo econômico. (Hayek, 1986: 73)
Malthus, Bentham, Comte, Hegel, Darwin, Marx, e mesmo o próprio Keynes, não sonhavam com atratores nem com tratores, insumos, alimentação concentrada, inseminação artificial, produção de clones, bombas de nêutrons, ou qualquer energia 4, que dirá nuclear. Os profetas não possuíam bolas de cristal; mas como sempre, à tiracolo, sabiam exibir competente explicação teórico-científica, fantasia do vidente. Não faltou gente a seguir o canto-da-sereia, na verdade canto-de-cisne. Não foram poucos os que morreram (e ainda morrem!) afogados na tradicional reprêsa: "Conforme mostram seus primeiros escritos, Keynes acreditava no governo de uma classe guardiã platônica, contida, mas não dominada, pela democracia." (Skidelsky: 62) Não foram e ainda não são pouco os que adotam a artimanha: "Os economistas passaram quase todo o século XX encantados com a pseudopanacéia keynesiana e com a venenosa serpente marxista." (Iorio: 134) Passamos do cincoentenário enredados:
Desde a publicação, em 1936, da primeira edição da Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda, de John Maynard Keynes, a quase totalidade dos economistas passou a acreditar nas chamadas políticas de ‘sintonia fina’, isto é, em uma pretensa capacidade dos governos de, mediante intervenções na ordem espontânea de mercado, evitar flutuações ‘indesejáveis’ no emprego dos fatores de produção e, assim, impedir as oscilações na produção. (Skidelski: 5)
A desordem monetária, produzida pelas intrépidas teses keynesianas, teve como conseqüências a inflação, a desorganização institucional, a diminuição real do lucro e, por conseguinte, o empobrecimento dos assalariados. O investimento social, concebido como uma partilha autoritária da riqueza no nível microeconômico ou como programa estatal financiado com emissões monetárias, só provoca a depressão social. Neste caso, a raposa no galinheiro não é o empresário, mas o Estado, que depena as galinhas sem misericórdia. Mendoza, Plinio Apuleyo, Montaner, Carlos Alberto, Llosa, Alvaro Vargas: 128
Nos anos 60 o keynesianismo foi universalizado, 'alcançou seu potencial', num sentido duplo: o uso da política fiscal para equilibrar as economias foi estendido à França, Itália, Alemanha e, em menor escala, ao Japão; e essa política tornou-se mais ativa e ambiciosa à medida que renascia o receio de recessão. De modo geral, enquanto o interesse dos primeiros keynesianos se concentrava em garantir o pleno uso dos recursos existentes, os keynesianos dos anos 1960 procuraram garantir o pleno uso dos recursos potenciais - i.e., o crescimento da capacidade produtiva da economia, com o objetivo de conter a inflação de custos e satisfazer as 'exigências' sociais, cada vez maiores, sentidas pela economia. O que David Marquand (1988) chamou de fase democrática social do keynesianismo, está associado a uma guinada política para a esquerda e o uso sério, pela primeira vez, da política fiscal, deslocando-se a ênfase na demanda do setor privado para o público. O orçamento tornou-se, simultaneamente, uma peça da administração da demanda, do crescimento e da previdência social. A partir dos anos 60 a participação dos gastos públicos no PIB começou a subir em toda a parte.
Rothbard (p. 42) se reporta:

Com a publicação da General Theory of Employment, Interest and Money, em 1936, a nova, incompleta e emaranhada justificativa e racionalização da inflação e dos déficits governamentais propostas por John Maynard Keynes assolou o mundo econômico como fogo na pradaria. Até Keynes, a ciência econômica constituíra um freio impopular ao fomento da inflação e ao déficit orçamentário, mas, agora, como Keynes e armados com seu jargão nebuloso, obscuro e quase matemático, os economistas podiam atirar-se a uma popular e lucrativa aliança com políticos e governos ansiosos por expandir influência e poder. A economia keynesiana foi esplêndidamente talhada para servir de armadura intelectual para o moderno Estado Provedor-Militarista (Welfare-Warfare State), para o intervencionismo e o estatismo em ampla e poderosa escala.
Apuramos o retrocesso:
As políticas mundiais de crescimento induzido pelo Estado tiveram exatamente o efeito oposto do que pretendiam: tinham aumentado, e não reduzido, o custo da produção de bens e serviços e tinham abaixado, e não aumentado, a capacidade das economias de conseguirem uma produção vendável.
(Skidelsky: 140)
_____________
Notas
2 Papel-moeda.
3 Outorga de Leonard Woolf, colega de Bloomsbury (cit. De Masi, 2000: 143)
4. A preocupação com a palavra energia é surpreendentemente recente e só em meados do século XIX adquiriu o seu significado moderno. Não se tratava, até então, de não se reconhecer a existência de diversas forças naturais — a crepitação da electricidade estática, ou uma furiosa rajada de vento que enfuna uma vela. Supunham-se independentes umas das outras. Não existia uma noção de energia que englobasse a diversidade de acontecimentos.
--
FONTES
DE MASI, Domenico, A emoção e a regra: os grupos criativos na Europa de 1850 a 1950; Domenico De Masi (organização); tradução Elia Ferreira Edel. 8. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.
SKIDELSKY, Robert, Keynes; tradução José Carlos Miranda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999.
STRATHERN, Paulo, Uma breve história da economia; tradução Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.

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Sobre a Bibliografia da Nav 's ALL





Vexame


A CARÊNCIA DE ALTIVEZ não preocupa o criminoso, tampouco o corrupto.
Para alcançar o invejado status que supõem glorioso, não titubeiam abandonar a trilha da virtude.
O covarde age à traição. Vale-se de ordinárias fraudes, vulgares falsidades, mistura-se na multidão para perpetrar sua má intenção. Vale qualquer recurso para superar ou liquidar o virtual opositor.
Engana-se em buscar desse modo o esplendor. Só alcança fracasso, ao invés do êxito que desesperadamente almeja. E ainda que logre atingir a meta, sempre se decepciona miseravelmente com a felicidade que acredita poder nela saborear. Jamais presume que a cada virtude e a cada vício a natureza oferece precisamente a recompensa ou o castigo mais adequado para encorajar uma e refrear a outra.
Em flagrante, nega, mas chora, copiosamente. A honra de sua elevada posição aparece tanto a seus próprios olhos quanto aos demais, corrompida e maculada pela baixeza dos meios pelos quais ascendeu. É digno de pena. É o que tencionam as lágrimas, quando cai a máscara.
Até chegar o instante fatal, jamais cogita ser pego em flagrante. Como rato, procura a primeira sombra para esconder sua pouca vergonha, mas lembra-se do que fez, e essa lembrança lhe diz que outros também lembrarão. À toa invoca os obscuros poderes do esquecimento. Seja na venal e vil adulação dos parceiros, no meio de eventuais inocentes e mais que tolas aclamações populares, ou nos ninhos dos sabidões, é secretamente perseguido pela retaliadora fúria do remorso.
Sheakspeare entende: "Para negócio assim, que é só maldade, qualquer traição é honestidade."
Enquanto a glória parece lhe abraçar, o traíra tem sua imaginação aviltada. E vê a negra e podre realidade avançar em sua direção, pronta a atacá-lo também pelas costas, justamente de acordo com seu predileto intento. Não raro, tem razão. É que Maquiavel, o diretor da peça, programou-a sem variação, reservando um final melancólico, senão trágico, ao seu astro principal, para deleite da platéia.

( Na gravura, o partner: TriPullante Adam Smith. )

ALL que mia em Westminster



QUANDO EU ERA JOVEM e livre, e minha imaginação não tinha limites, eu sonhava em poder mudar o mundo.
Quando fiquei mais velho e mais sensato, descobri que o mundo não mudaria,
e por isso encurtei um pouco o alcance de minha visão e decidi mudar somente o meu país.
No entanto, ele também permaneceu impassível.
Quando atingi meus anos de crepúsculo, numa última tentativa desesperada, resolvi mudar apenas minha família, as pessoas que me eram próximas, mas, - ai de mim – elas não queriam nada disso.
E, agora, deitado em meu leito de morte, compreendo: se tivesse, antes de mais nada, mudado apenas a mim mesmo, então, pelo exemplo, eu mudaria minha família. Com, base em sua inspiração, e em seu encorajamento, eu teria então sido
capaz de melhorar meu país e, quem sabe, poderia até mesmo mudar o mundo.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Nomes e números


Reservar um berço em sua residência para o 1368932? Não dá. A filhos se requer mais adequada designação. 
Quando os números são escassos para emprestar lucidez, as letras socorrem o ser.
Na mais famosa equação, elas ganham por 3x1! Em 3x1, perdem por dois a um.
Nada é exatatamente. Tudo é relativo.
Hoje até somos um, que é número. Amanhã, outro, que é palavra.
Somos instáveis, por mutantes - o tempo, e quase tudo assim se faz; exceto o nome, e a velocidade da luz.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Me dá, ou morre!



SERASA, SPC, ou sei-lá-o-quê praticam ilícitos penais. Eles podem aniquilar uma pessoa moral, econômica e socialmente. Na melhor das hipóteses, denunciam um contrato que é por objeto e definição privado, ao domínio público. O desvio-de-conduta recebe a justa tipificação, no cód. Penal: difamação. Difere de calúnia por ser uma verdade e não uma mentira espalhada. No trivial constrange o devedor a saldar o compromisso, de modo imediato, sob o risco de atingir até o trabalho.
Ao incidir sobre a fonte de renda do infausto, o estabelecimento creditício torna o risco do calote iminente. Não tem importância. A exposição serve de alerta aos demais.
Ninguém pode ser exposto, assim, ao linchamento. É crime, e dos bárbaros! Miúde vendetta. Tal escárnio e outros afins passam consentidos porque as entidades financeiras tudo patrocinam. Nav's ALL: fogo!

Copa 70


À BOMBORDO DA NAV'S ALL, por entre nuvens, emerge o gigante, de braços abertos. É do maior representante terráqueo, o Rei da Terra. O abraço é caloroso, este é um problema na Cidade Maravilhosa. O calor impera. A Nav's vem de roteiro sulino. Tentemos um fim-de-semana 70'.
Copacabana repleta de gringos, circos e muita, muita alegria. Nem falo das ondas do mar. A Atlântica lhes acompanha. Há quadra me espera elegante mesa, em ambiente climatizado, repleto de cristais. Sobre ela, alvas toalhas e resplandescentes talheres.
No mundo o Sol está prestes a raiar em algum ponto. No Rio nunca se tem sossego. Há casamento no Country, à beira-mar. Domingo, divirta-se: no Maracanã tem Fla-Flu, mas no céu não tem ruído; só asa-delta. Na fronteira com Ipanema há uma reunião de gabarito social. É a dançante do Clube Olímpico, pérola que abriga dezenas de brilhantes.
O Le Bateau aguarda os passageiros do grande cruzeiro. Quem o perde pode pegar outro, do mesmo quilate, o Privè, já do lado de lá. Ao raiar, New Girau ainda é noite. No Leme, sopa com artistas; logo adiante, a nave repousa no Iate Clube. Aguarda o carnaval chegar.
O Rio é Pasárgada; ALL, amigo do Rei.
Comandante esgotado, que importa a temperatura?


segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Apagão Diplomata

-
NAVEGAR É PRECISO. Viver não: há que se ter imaginação.
No muro, o alerta, em garrafais:
PRECISA IMAGINAÇÃO AO PODER!
Mas 68, todavia, sabe-se lá quando de lá sairá:
"Estão faltando imaginação e criatividade aos diplomatas para destravar as conversas."
(Luiz Olavo Baptista, Pres. do Tribunal de Apelações da Organização Mundial do Comércio*)
Essa é de amargar. Os arautos são requisitados após uma bateria de exames de vários matizes. Para entrar no Itamaraty exige-se o conhecimento completo de História, Geografia; e que possa emprestar sólidos conhecimentos jurídicos aos Tratados de Comércio, através do Francês, do Inglês.
De que vale tudo isso, se não sabem se relacionar, ao menos perfilados no EspaçoTempo tempo que lhes cabe?
Hei, acende a luz! Na China o dia já raiou.

(Um mês depois, a luz continua apagada. Talvez a razão possa ser evidenciada no dia 28 de janeiro de 2008. Ali se tomou conhecimento:
Dois ex-funcionários da Embaixada do Brasil na Argentina foram incluídos em uma investigação da Justiça daquele país sobre a importação e nacionalização irregular de 98 veículos. Segundo a Folha de S. Paulo, a Embaixada brasileira saiu em defesa dos investigados.

_______
*"Para ter relevância na economia global, o Brasil precisa superar o arcaísmo nas suas leis e investir em infra-estrutura." Veja, 19 de dezembro de 2008, p. 11. Nav's ALL antecipa para você.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Gato Féliz


PARIS em CHAMAS
O espião dos malvados maldizia o 'r', mas foi a síndrome de Estarcalmo que lhe encerrou a carreira: 070 acabou flechado nas encantadas boulevards.
Grato às castas e raízes, e aos bares de Quartier Latin.
FÉLIZ acaba com CPMF
Livre, sorridente, aparece o multilaureado.
O campeão trouxe o bode à sala. Só o campeão poderia extingui-lo.
À mordida de cobra, veneno na contra-mão.
BOLERO
Ravel compôs melodia eterna. Ainda bem.
A PÉROLA
Escapa às poderosas lentes da Nav's ALL. Eis uma deficiência.
Raid aéreo não lhe alcança. Só o toque pode transformar.
A pérola veste armadura, mas o approuch tem que ser desprovido.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Nav's ALL quebra uma lei de Einstein!

-
NA TEORIA DA RELATIVIDADE há uma ressalva. Pelo memorável autor, tudo é relativo, exceto a velocidade da luz, absoluta aqui e alhures. Do Sol à Terra, ela demora oito minutos.
À Nav's ALL isso é lentidão. Ir daqui até lá, nem requer sair do lugar. Custa apenas um click no pensamento. Pronto, estamos no Sol. Se preferir, troque o itinerário.*-Pegue um ticket de percurso no EspaçoTempo. Vá ao, passado ou mais ao futuro, se gostar de aventura. O electron troca sua órbita, e por sua onda você define o que virá. Visite a velha namorada; ou mire à frente, à nova almejada. Caso porte a marmita, todavia, é bom que já se divirta.
A Nav's evolui por saltos quânticos**. Surfa no pulsar do coração. É dez mil vezes mais rápida do que o trem da luz!  Não discuto a eficácia, tampouco a utilidade. Depende de cada agente. Mas que é mais rápida é. Sorry, copiloto.
Suíços confirmam: é possível o fenômeno  logrado pela Nav's ALL 
*SÃO PAULO - Oito meses depois do sensacional anúncio da incrível  Nav's ALL cientistas do Grupo de física Aplicadada Universidade de Genebra dispararam pares de fótons - partículas de luz - ao longo de uma fibra óptica estendida entre as cidades suíças de Satingny e Jussy, Quando o fóton chegava ao destino podia reagir imediatamente a uma manipulação realizada no parceiro colocado em lado oposto, a 18 hms de distancia, para ser preciso. a um extremo da linha, é capaz de reagir instantaneamente a uma manipulação realizada no parceiro de um destino oposto. Os pesquisadores calcularam que, se essa reação for resultado de uma comunicação entre as partículas, o sinal teria de viajar a, no mínimo, 10.000 vezes a velocidade da luz. “Trata-se de uma violação do espírito, se não da letra”, da Teoria da Relatividade de Einstein, que diz que nada pode viajar mais depressa que a luz, diz o físico Terence Rudolph, do Imperial College London, em comentário ao experimento suíço. Tanto a descrição da experiência quanto o comentário de Rudolph estão publicados na edição desta semana da revista Nature.
O efeito utilizado pela equipe suíça é conhecido pelos cientistas como “emaranhamento quântico”, e ocorre quando duas partículas são preparadas de tal forma que qualquer alteração numa delas afeta a outra instantaneamente, não importa a distância que as separa. A velocidade de 10.000 vezes a da luz, determinada pelos físicos de Genebra, é o limite mínimo para que o sinal seja “instantâneo”. “Sabemos que as partículas que representam os bits quânticos, ou q-bits, precisam adquirir, durante o processamento da informação, certo grau de emaranhamento para que a computação quântica seja mais eficiente que computação clássica”, explica o físico brasileiro Marcio Cornelio, atualmente na Unicamp. Cientistas acreditam que computadores quânticos serão capazes de realizar cálculos muito mais rapidamente que computadores normais, ou clássicos, além de resolver problemas que estão fora do alcance das máquinas atuais.
O emaranhamento não viola a “letra” da relatividade porque, por si só, o fenômeno não permite a transmissão de sinais de comunicação mais depressa que a luz - não seria possível, por exemplo, usar partículas emaranhadas para criar um telefone celular instantâneo. “O emaranhamento não pode ser usado para comunicar unidades de informação escolhidas por uma pessoa, exatamente porque os eventos correlacionados por ele são aleatórios, fora do controle humano. Se os eventos fossem determinísticos, seria possível usar o fenômeno para comunicação clássica mais rápida que a luz”, o que violaria a relatividade, diz Gisin. Mas se as partículas não trocam sinais entre si, como o emaranhamento quântico é possível? Como uma partícula “sabe” que sua parceira, a quilômetros de distância, foi manipulada?“ Eu diria que as partículas simplesmente estão correlacionadas”, diz Cornelio. “Como não é possível transmitir informação usando apenas partículas emaranhadas, não há necessidade de uma 'saber' o estado da outra e vice versa. Existe apenas uma correlação estranha, que não pode ser descrita pela física clássica”.Partículas 'conversam' a 10.000 vezes a velocidade da luz Partículas 'conversam' a 10.000 vezes a velocidade da luz, - Estadão, 13 de agosto de 2008.
Certamente os suíços perceberam as peripécias da Navs ALL como OVNIs; por isso a incredulidade na correlação das partículas. Ao aprimorarem seus dados, terão a chance de acompanhar nossa Nave.
**Três dias após nosso feito, , Blogspot também informa evoluir por saltos quânticos,. Juntos chegaremos lá!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Xô!


NO CÉU DO CRUZEIRO DO SUL, na frente da lua cheia,
passava uma bruxa malvada, montada em sua vassoura.
Na aurora a maligna não tem mais função,
nem mesmo de assombração.

Em Nome do Pai

VIA-DE-REGRA TODO PAI é figura peculiar, exemplar, admirável, ainda mais aos olhos do filho. O Pai de ALL teve a proeza de arrancar esses e vários outros adjetivos do povo da cidade, do estado, e de vários sítios da Federação.
Aquele amigo incondicional gostava dos escritores humanistas, especialmente Ortega Y Gasset, a quem citava freqüentemente, ainda que não tivesse lido nenhuma obra do mais notável filósofo espanhol. Valia-se do luminar para o alerta: nossa existência se deve também aos demais. A oração de Ortega diz:

Somos nós e nossas circunstâncias. Se não as salvamos, não nos salvamos.

A segunda parte é omitida por todos, e meu pai não era exceção. De qualquer modo, observava; por instinto, na prática, pelo indescritível prazer de admirar um sorriso agradecido.
O indelével companheiro teve uma vida pautada em servir quem lhe rodeava. Todos tiveram proveitos, proventos e provimentos. Vizinhos pouco se valeram de seus préstimos, mas os que tomaram iniciativa jamais foram frustrados. A cidade o convocou. O Estado lhe requisitou. Acabou servindo ao País. O dinâmico homem tornou-se público, mas sulcou sua marca sem com ela se preocupar.

Assistindo famílias prosperarem, aumentarem seus patrimônios, com isto proporcionando maior segurança e um futuro definido aos herdeiros, certa feita ALLmirante o intimou. Eis o pequeno diálogo:
- Pai, você que é um homem inteligente, carismático, culto, capacitado, e conhecedor das coisas valiosas da vida, vai deixar ao povo inúmeras obras e realizações. A cidade, o estado, até o país enriquecerão, visível e sensivelmente, seja de modo concreto, com suas construções, ou mesmo intangível, com suas relações e conhecimentos transmitidos. O povo agradece. Mas o patrimônio privado, contudo, diminui. (Naquela época não se achava bois-de-ouro.) Isso não lhe preocupa? O que deixarás exclusivamente aos herdeiros?
Ele poderia ter dito que deixara o mesmo, mas não. Disse claramente:
- Deixarei meu nome.
- Muito bem, mas como torná-lo rentável, útil e oportuno, como todo legado?
Ele se esquivou, por hábil. Educação, caráter e conhecimento já proporcionara às pencas. Poderia dizer que tinha cumprido a missão. Ora era a gente saber escolher. Todavia, ele ainda preferiu acrescentar.
Tinha um farol muito potente. Atravessava anos e oceanos de obscuridades. Pois o cometa deixou, de fato, um rastro capaz de suportar o ALL, seus irmãos e muitos, muitos outros por toda a vida. E para quem dos herdeiros achar insuficiente, trago o depoimento de D. João de Orleans e Bragança, Príncipe e Fotógrafo, tataraneto de D. Pedro II:
"As pessoas acham que a família real é rica.Minha grande honra é não ter nada. A história da família é meu patrimônio." (Revista Trip)
Ao visitar magestoso parque, orgulho e alegria da cidade, ALL viu no pórtico o nome familiar. O venerável logradouro agora tem personalidade.
Seguido ALL ouve elogios. Outras tantas, muitas lembranças. Esta noite não foi diferente. O grande pai permanece carreando simpatias pra gente.
Honra, como diz o Príncipe, não tem preço. Não se compra, tampouco se vende em nenhum balcão. Felizmente a vida é muito maior, mais importante e infinitamente mais gratificante do que o vil metal.
Depois de enxugar as lágrimas, e percorrer as alamedas, ALL foi visitá-lo em sua derradeira morada. Um filho mora na capital, e rouba-lhe em Finados. Há tempo ele não olhava para o chão do visionário avô de Ricardo. Desta feita foi uma visita especial. De penitência e reconhecimento. De agradecimento sempre. E de uma insubstituível sensação de orgulho, saudade e resignação.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Piedade

by Vinícius de Morais.

Meu Senhor, tende piedade dos que andam de bonde
E sonham no longo percurso com automóveis, apartamentos...
Mas tende piedade também dos que andam de automóvel
Quando enfrentam a cidade movediça de sonâmulos na direção.

Tende piedade das pequenas famílias suburbanas
E em particular dos adolescentes que se embebedam de domingos
Mas tende mais piedade ainda de dois elegantes que passam
E sem saber inventam a doutrina do pão e da guilhotina

Tende piedade do mocinho franzino, três cruzes, poeta
que só tem de seu as costeletas e a namorada pequenina
Mas tende piedade ainda mais do impávido colosso do esporte
E que se encaminha lutando, remando, nadando para a morte.

Tende imensa piedade dos músicos dos cafés e casas de chá
Que são virtuoses da própria tristeza e solidão
Tendes piedade das mulheres chamadas desquitadas
Porque nelas se refaz misteriosamente a virgindade
Mas tende piedade também das mulheres casadas
Que se sacrificam e se simplificam a troco de nada.

Tende piedade, Senhor, das santas mulheres
Dos meninos velhos, dos homens humilhados - sede enfim
Piedoso com todos, que tudo merece piedade
E se piedade vos sobrar, Senhor, tende piedade de mim.

Sampa


DOS MAIORES ACONTECIMENTOS era rumar a São Paulo. Os ônibus eram finíssimos, espaçosos, confortáveis. Não eram do tipo que costumava circular por poeirentas estradas, chacoalhando como bateria de escola-de-samba, janelas imóveis por enferrujadas. O Minuano tinha até banheiro! Travesseiros tão alvos quanto a lua que iluminava a longa estrada. Era esticar as pernas e dormir. Ao amanhecer, outro clima nos recebia.
A madame embarcava em flamante quadrimotor. Neste caso, de nada adiantava o parfum. O cheiro do querosene impregnava todo o aeroporto. Ninguém se importava com blow-ups. E não lembro mesmo de nenhum. Era só perfume.
* * *
De Congonhas à Angélica aqueles velhos, lerdos táxis demoravam 15 min. Uma eternidade. Da rodoviária não lembro. Mas cogitar em mais do que uma hora para chegar em outro ponto da cidade parecia-me coisa de maluco.
Os morros que guarnecem o Pacaembú o envolvem com as felizes vozes de Sion e Mackenzie. Por volta da São João, um estrondo bem cantado, nos versos de Caetano. A Nove de Julho é artéria . Um túnel prenuncia novidades.
O Lobo morava no Canindé. Fitti, em Interlagos; a Record, na Consolação. A JovemPan, em todos os jardins. O Ibirapuera podia ver Eder e Maria Ester. Numa segunda, de repente até o Pelé.
Tudo era bonito, em Sampa. Até o Morumbi, gigantesco bairro em obra, dava gosto de se ver. A Santo Amaro fervilhava ao cair da noite. Antes, a Augusta, uma festa. Ao encontrar a Paulista, iniciava seu show. Uma passarela de moda. As garotas mais chics do Brasil poderiam ser vistas ao vivo, em seus desfiles vespertinos, pelas pequeninas alamedas repletas de boutiques européias construídas nos interregnos da inolvidável descida.
Inéditos carrões perfilavam-se garbosos. O baile era de cobras. E das grandes.
Bem abaixo, perto do jardins, havia uma solitária experiência, já de êxito: um elegante shopping.
Tudo facilitava. Lá dentro não chovia, tampouco fazia calor. Havia feérica luz, estrelas gostam de luzes. Mariposas também, mas o Palácio per se sinalizava-lhes o caminho de retorno.
Músicas da mais alta qualidade permeavam sonhos e realizações.
Prestadores de serviço eram diplomatas. Le chauffeur aguardava a madame. Ela vinha com as mãos na cabeça: o vento lhe açoitava o impecável chapéu.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Pequeno raid

Ragazza,
DIA DESSES tive que disfarçar a Nav's ALL. Ia descer na praia, embora no aeroporto. O tiro era curto, perto da base. Então pintamos ela com as cores do goleiro holandês. Só faltava a pontualidade britânica, para não me colocar em maus lençóis. Ai, que saudades da Nav's ALL.
Não gosto de desviar o rumo e o momento de ninguém.
O goleiro me toma o primeiro frango.
A situação agora era outra, por causa do inconseqüente.
Uma barbaridade esses atrasos. Injustificáveis. Só pode ser marketing. Faz o aeroporto lotar de gente, passando a impressão de que qualquer um pode andar de avião. Que o avião é popular. Essa é boa. É tão popular que ninguém tem, muito menos um boeing de primeira geraçao. Por fim, não são poucos os salários mensais que não atingem o montante requerido para ir e voltar de meros 500km. Mas com tal marketing, dobram a frota.
Deveria ter disfarçado a Nav's mais apropriadamente. O tom não era esse. O tom deveria ser no feminino. Agora era tarde. Passageiro embarcado só desembarca no destino.

Tudo começava a mudar. Até o poder. De certo modo, houve quem constatasse: eu não era capaz de determinar vôo nenhum. Pronto, tinha arrumado um rival, sabe-se lá qual. Manhã, tempo a favor. Nada podia dar errado. Mas não.
Senti saudade até do Lloyd Aéreo, da Pan-air, para não lembrar da pujante Varig, detonada por bananas. Lamento a ausência da Vasp e Transbrasil. Por último a BRA: nunca me faltou.
Dizem-me que popularizam os vôos internos. Se políticos, demagogos.
Preço sem apreço
Paga-se pela passagem de 500 km ida/volta mais vendida ( sim porque os preços variam mais do que qualquer intempérie do percurso) ao redor de R$410,00, de aeroporto a aeroporto. Antes e depois, raramente há ônibus. O que tem são táxis, e eles não costumam ser baratos.
Miami dista aproximadamente 8.000 km. Dentro do parâmetro, que deveria até ser maior por envolver nações, pelos cálculos tupiniquins daria R$3.280,00 aproximadamente. Descer num daqueles magestosos aeroportos americanos, e voltar, é pouco mais do que o dobro cobrado para um tour Rio-São Paulo.Na mais barata. A mais cara, pasme!, tem seu preço maior do que a viagem intercontinental! Tem uma engraçada: Florianópolis/Porto Alegre, com escala em Sao Paulo. Ou seja, o destino é do Cruzeiro do Sul. Ele embica para São José do Juazeiro. Nem assim poderia ser mais caro do que uma viagem aos EUA. Tem umas lógicas verdadeiramente bizarras.
Isso é popularizar? Ou não é mesmo marketing elevado ao máximo à peculiares conseqüências?

O resultado vem por aglomerações estrondosas nos aeroportos, como se a mostrar que estavam repletos. Segura os passageiros do dia: não cabem em nenhum aeroporto. Aeroporto lotado, preço de barbada! A psicologia é popular. A astúcia não é devagar.
Já ouvi que existe barbada. Em corrida-de-cavalos sempre tem. Prefiro viajar sentado em uma confortável poltrona. Mas principalmente, de modo pontual. Não há quem não se envolva. Mister respeitar, não só os viajantes, mas principalmente quem os espera.
Bem, outra hora conto o resto.
Uma boa-noite para você.